Diocese

Diocese realiza o 1º encontro dos referenciais leigos da Pastoral Social

A Pastoral Social foi assumida como prioridade na Assembleia Diocesana de Pastoral, em 2023, e fortalecida no Conselho Diocesano de Pastoral, em 09 de março de 2024. Nesta ocasião, Elton Bozeto, membro da Cáritas da Arquidiocese de Porto Alegre, palestrou aos membros do Conselho sobre a importância do serviço da caridade na Diocese.

Com o desejo de articular o serviço da Pastoral Social na Diocese de Montenegro, aconteceu o 1° Encontro com os Referenciais Leigos das paróquias, no sábado (22/06), na Cúria Diocesana. O encontro contou com assessoria do Pe. Edson Thomassim, membro da Comissão Pastoral para a Ação Sociotransformadora do Regional Sul III – CNBB, que apresentou as Pastorais Sociais e organismos existentes ou que estão em formação do estado do RS.

A oração inicial foi conduzida pelo Pe. Ricardo Nienov, referencial diocesano da Pastoral Social, motivando a meditação do evangelho do dia, em que Jesus afirma: “Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (cf. Mt 6,24-34), em sintonia com a temática do encontro.

O bispo Diocesano, Dom Carlos Romulo, e o Pe. Jonas Gomes, Coordenador Diocesano de Pastoral, saudaram os fiéis leigos que participaram do encontro, juntamente com alguns padres e seminaristas e deram as boas-vindas ao Pe. Edson, assessor do encontro.

“A missão do Referencial da Pastoral Social na paróquia é de zelar pelo serviço social e articular as demais ações sociais para que o serviço da Caridade se transforme em Ação Evangelizadora na Diocese de Montenegro. Naquelas paróquias que ainda não acontecem, lançamos o desafio de começar a articulação”, destacou Pe. Jonas, motivando os referenciais para assumirem com coragem e alegria esta missão.

A primeira missão dos referenciais, juntamente com os padres que atuam nas paróquias, será responder uma pesquisa até o dia 17 de agosto, identificando a Pastoral Social e/ou ação social que existe nas comunidades da Diocese de Montenegro.

O assessor do encontro, Pe. Edson, ressalta: “é importante fazer um plano olhando e escutando a realidade, conhecendo as potencialidades de cada paróquia, para construir uma ou mais propostas de ação”.

O próximo encontro está agendado para o dia 24 de agosto, sábado, das 08h às 11h, na Cúria Diocesana.

 

À seguir, a partilha de alguns participantes do encontro.

1) Qual a motivação para você participar do 1º Encontro dos Referencias Leigos da Pastoral Social Diocesana? Eu sempre senti um chamado pra fazer algo mais pela paróquia, um trabalho voluntário. E a pastoral social vem muito de encontro com a minha profissão.

2) Qual a importância desta Pastoral na sua paróquia? Muito importante, há muitas famílias que irão se beneficiar e a pastoral irá fortalecer o trabalho, desmistificando o assistencialismo.

3) O que você destaca do encontro? Eu fiquei encantada com o conhecimento, foi muito esclarecedor, deixando claro os objetivos e desmistificando a teoria assistencialista que estamos acostumados a ouvir.

Hilma Fabiana Marques, Paróquia Santo Antônio, Vendinha/Montenegro.

 

1) Qual a motivação para você participar do 1º Encontro dos Referencias Leigos da Pastoral Social Diocesana? A busca de conhecimento.

2) Qual a importância desta Pastoral na sua paróquia? É de suma importância a criação e andamento de uma pastoral social.

3) O que você destaca do encontro? Há uma necessidade enorme em se especializar em causas para a formação da pastoral.

Marines Dal Ponte de Souza, Paróquia Senhor Bom Jesus, de Triunfo.

 

1. O que te motivou participar do 1° Encontro dos Referenciais Leigos da Pastoral Social Diocesana? A motivação para participar do encontro vem primeiro da experiência com Cristo no que necessita. Após um tempo de caminhada dentro da Igreja, percebo cada vez mais forte a necessidade do ACOMPANHAMENTO E PRESENÇA da Igreja para com os mais necessitados. Logo, meu interesse de participar do encontro veio da vontade pessoal de conhecer mais sobre as estruturas das pastorais sociais da Igreja; da vontade de animar e fortalecer as lideranças de minha Paróquia e da Diocese, demonstrando que essas lideranças não estão sozinhas como leigos, mas que há incentivo e acompanhamento também por parte da Paróquia (Padre e seminarista); e por último, procurar ajudar no que possível para que a proposta da Assembleia Diocesana de Pastoral de articular a Pastoral Social seja colocada em Prática, para que se possa proporcionar encontro e presença da vida das pessoas.

2. Qual a importância desta Pastoral na sua Paróquia? Na Paróquia Bom Jesus em Triunfo, precisa-se urgentemente de propostas de pastorais sociais. Olhando para a realidade do município, constatamos que criou-se uma cultura de acomodação quanto ao recebimento de doações. Dessa forma, com a Cáritas, as pessoas pegavam roupas toda semana, descartando após o uso e retornando para pegar mais. Assim, com o cansaço das agentes, achamos por bem repensar a Cáritas. Com essa iniciativa, precisamos agora pensar em outra forma de Pastoral Social, que provavelmente caminhará na linha da Pastoral da Criança. Visto que há muitas crianças em situação vulnerável em nossa cidade. Assim, a Pastoral Social da Paróquia ganhará um novo vigor e importância.

3. O que você destaca do encontro? O Primeiro ponto positivo que destaco do encontro é que a maioria dos leigos presentes, ao serem questionados se conheciam a Cúria Diocesana, relataram que pouquíssimos conheciam. Isso é positivo pois significa que são novas lideranças e não figuras repetidas que já estão em outros movimentos e pastorais. São lideranças que poderão se lançar com prioridade da pastoral social. O segundo ponto positivo que destaco, foi a assessoria do Pe. Edinho. Foi uma ótima escolha, pois tem uma linguagem simples, mas ao mesmo tempo dura, demonstrando a realidade, sem medo de falar de política. O terceiro ponto positivo, é que se está fazendo um processo. Assim como na Pastoral Missionária, que acompanho mais de perto, não basta somente sair dando bençãos em casas. É preciso um processo com início, meio e o Espírito Santo guia o Fim. Assim, acho positivo o processo que está sendo feito. Devagar, pensado e dialogado. Com esse processo, está se construindo uma bela base para a Pastoral Social. Como último ponto, de sugestão para o futuro, pode-se pensar quando houver grupos nas paróquias, encontros da pastoral Social de animação. Por exemplo, um encontro semestral que reúna as Pastorais por área ou Diocese, com momento de oração, animação e partilhas dos grupos, que de forma criativa, apresentam seus trabalhos para os demais grupos. Após a partilha, um momento de formação, concluindo com uma celebração. Um grande encontro. Assim, anima e mantém vivas as pastorais, sempre tendo partilha, animação, formação e oração em comunidade.

Ramon dos Santos, seminarista em Estágio na Paróquia Senhor Bom Jesus, de Triunfo.

 

 

Texto: Pe. Jonas Gomes, coordenador diocesano de pastoral

Galeria de imagens