Desde que tivemos as primeiras notícias das trágicas enchentes no vale do Taquari, uma corrente de solidariedade se espalhou por todos os cantos da nossa Diocese. Nas paróquias, nas pastorais e movimentos, centenas de voluntários se organizaram e muitas doações foram recebidas para o envio às cidades mais atingidas.

Caminhões partiram de todas as paróquias levando donativos. Muitos voluntários se dirigiram para as cidades de Estrela, Roca Sales e Muçum, para colaborar na limpeza.

Em Roca Sales, o salão paroquial tornou-se casa de acolhida de desabrigados e centro de recebimento e distribuição de alimentos, agasalhos, colchões. A igreja São José, que tantas vezes foi casa da cura dos males da alma, agora, cura também os males do corpo. Tornou-se um ambulatório temporário onde muitos profissionais da saúde voluntariamente atendiam a população da cidade.

Em Estrela, o grande centro comunitário Cristo Rei, tornou-se pequeno diante da solidariedade do povo e da força dos muitos voluntários que lá trabalharam na organização das doações que chegavam a todo instante. No bairro Boa União, o salão da paróquia São Cristóvão acolheu inúmeras famílias que tiveram suas casas atingidas pela cheia do rio Taquari.

Nós bem sabemos que muitas outras iniciativas foram feitas em silêncio, e não temos conhecimento. Sabemos também do sofrimento deste povo, e que ele precisará da nossa solidariedade por muito tempo.

Mas a nossa força está na Palavra do Senhor que diz: “Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes me visitar’. ‘Em verdade eu vos digo, que todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!’(Cf Mt 25,31)” e a nossa esperança: "O Senhor teu Deus enxugará as lágrimas dos seus olhos, não haverá nem morte, nem choro, nem luto, nem grito, nem dor, porque essas coisas terão passado". (Ap 21.4)