A Santa Missa celebrada no domingo (13/10) na Igreja Santo Antônio de Estrela marcou a entronização de uma relíquia de primeiro grau proveniente da Basílica de Pádua, na Itália. O fragmento do osso retirado do corpo de Santo Antônio permanecerá na Igreja para veneração da comunidade e devotos que visitam o Santuário.

Para o Pe. Gabriel Bagatini, pároco do Santuário Santo Antônio, a relíquia junto à comunidade, é um chamado à santidade, seguindo o exemplo de Santo Antônio: “Acolher a relíquia aqui em nossa igreja, é um sinal concreto de que os santos e santas foram homens e mulheres de carne e osso como nós. E na vivência do amor, se sentiram amados por Deus, e por viverem o amor e frutificar o amor no próximo, encontraram a santidade. Assim, juntos de Deus intercedem por nós e podem ser considerados modelos de vida Cristã”.

Em sua homilia, Dom Carlos Romulo destacou que a relíquia de Santo Antônio não é um “amuleto”, mas uma memória: “Cada vez que nós olharmos para a relíquia, e nos aproximarmos dela, que possamos recordar a nossa vocação, a nossa missão…como um dia Antônio viveu. E vamos agradecer a Deus, porque em todos os tempos Ele suscita homens e mulheres corajosos, para viverem a fé.” Ainda refletindo sobre o evangelho do domingo (Marcos 10,17-30), Dom Carlos concluiu dizendo: “Quem deixa tudo, quem não se apega, já tem um tesouro. Que é o amor, o serviço, a doação. Esse é o maior tesouro da nossa fé… E as oportunidades que Deus nos dá para testemunharmos esse amor são muitas.” 

Santo Antônio morreu em 13 de junho de 1231, quando o santo contava com apenas 36 anos de idade e foi canonizado em 1232. O corpo de Santo Antônio foi exumado três vezes ao longo da história: em 1350, quando o seu queixo e vários de seus ossos foram colocados em relicários próprios; e há poucos anos, em 1981, por ordem do Papa São João Paulo II, quando se descobriram incorruptas também as suas cordas vocais.

Ao longo do meses de outubro, novembro e dezembro a relíquia seguirá em peregrinação pelas comunidades da paróquia, como sinal da presença de Santo Antônio junto ao seu povo, de modo especial aos atingidos pelas cheias.