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Conheça o trabalho da Pastoral Carcerária na Diocese de Montenegro

Ao longo do ano, todas as terças-feiras de manhã uma equipe de pessoas se desloca para a Penitenciária Estadual Agente Jair Fiorin, popularmente conhecida como a “Modulada de Pesqueiro”, para fazer o atendimento religioso aos homens privados de liberdade naquela Instituição. Lá estão presos mais de 1.800 homens.

Já às quartas-feiras à noite uma equipe fez o atendimento religioso no Instituto Penal de Montenegro, o presídio semiaberto. Ele abriga aproximadamente 80 homens.

Quem são estas pessoas que visitam os presídios? São integrantes da Pastoral Carcerária, uma pastoral social da Igreja, organizada na nossa Diocese, no Rio Grande do Sul e vinculada à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). São homens e mulheres de Montenegro, Portão, São Sebastião do Caí, Bom Princípio e Tupandi que, generosamente, dedicam seu tempo para exercer esta missão em nome de todos os católicos. Dois padres acompanham estas visitas: pe. Eduardo Haas, na Modulada, e pe. João Vítor Freitas dos Santos, no Semiaberto.

O que faz a Pastoral Carcerária dentro do presídio? Procura ser presença de Cristo e da Igreja junto àqueles que estão privados da sua liberdade. Propomos uma celebração, uma oração em torno de algum texto bíblico. Participam aqueles que quiserem. A Pastoral é, também, marcada pela escuta: é importante deixar eles falarem, manifestarem suas intenções, sentimentos, histórias, desejos e sonhos.

Por que “gastar tempo” com quem está preso? Jesus disse que, quando uma ovelha se perde, o Bom Pastor deixa as 99 que estão seguras e vai atrás daquela que se perdeu, para que volte. A Pastoral Carcerária faz uma escolha que vem do Evangelho: ir ao encontro de quem está distante, privado do bem mais precioso para o ser humano, a liberdade. Jesus, em outra ocasião, disse: “Eu estive preso, e vocês foram me visitar!”. Na cruz, prometeu o paraíso ao ladrão condenado à morte ao seu lado: “Ainda hoje estarás comigo no paraíso!”. Para Deus não há pessoa humana perdida. Nós não vamos para julgar. Vamos para acolher, humanizar, ajudar, escutar e procurar auxiliar a pessoa a retomar o caminho da vida com dignidade.

Quem pode fazer parte da Pastoral Carcerária? Quem sentir a vocação a esta pastoral muito especial. É preciso sentir no coração o chamado do próprio Jesus para esta missão. É preciso ter, também, disponibilidade de tempo para atuar e interesse em fazer a formação e participar dos encontros de avaliação e planejamento. É fundamental ser membro ativo da Igreja Católica, ter vida de fé, frequentar a comunidade, alimentar-se da Eucaristia e da Palavra de Deus. Por fim, é importante saber trabalhar em equipe, pois nunca entramos sozinhos num presídio.

Domingo, dia 22 de dezembro, a Equipe Diocesana da Pastoral Carcerária se reuniu em Montenegro. Tivemos a alegria da presença do Bispo Diocesano, Dom Carlos. Rezamos, vivenciamos um círculo de construção de paz e fizemos a projeção dos trabalhos pastorais para 2025. E, claro, concluímos o encontro com uma pequena confraternização, pois a fraternidade entre nós, movida pela fé e pela missão que compartilhamos, é força para prosseguirmos no caminho.

Ficou interessado? Procure alguém da Pastoral e venha saber mais sobre nossa missão.  

 

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