Jubileu 2025

Zeladoras de capelinhas em preparação para Jubileu 2025

Foto: Jornal Ibiá

Dentro da programação do ano jubilar na Diocese de Montenegro, ocorrerá, em 12 de outubro, o Jubileu dos Grupos Marianos. Entre estes grupos está o Apostolado das Capelinhas, ou, como são mais conhecidas, as zeladoras das capelinhas de Nossa Senhora. No último dia 5 de abril, a coordenação diocesana das zeladoras esteve reunida na Cúria para projetar o ano de 2025, especialmente com o foco no Jubileu da Esperança.
 
Embora o grande encontro jubilar seja somente no segundo semestre, no Santuário Nossa Senhora Aparecida do Sul, em São Sebastião do Caí, o Apostolado das Capelinhas projeta suas atividades já desde o primeiro semestre. Segundo padre Blásio Henz, pároco da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, também no Caí, referencial eclesiásticos das zeladoras, a ideia é que cada paróquia da Diocese inicie uma organização para retomada das visitas das capelinhas. “Há muitos lugares em que as enchentes levaram as capelinhas e as famílias ficaram sem. Precisamos trabalhar neste levantamento para fazer a reposição”, destaca.
 
Pe. Blásio ainda lembra que este é um costume muito antigo em nossa Diocese e por isso precisa cada vez mais ser alimentado. Afinal, a visita das capelinhas de Nossa Senhora é sempre o convite para as famílias se unirem em oração. Também por isso, o grupo de zeladoras quer se organizar para que em cada uma das 30 paróquias da Diocese ocorra um encontro ainda no primeiro semestre. “Que poderia ser encerrado com benção e envio das capelinhas”, sugere padre Blásio.
 
Visita das capelinhas tem origem no século XIX
 
Quem já recebeu a visita de uma capelinha de Nossa Senhora guarda esta lembrança com carinho. A tradição ainda segue viva, não somente em pequenas cidades do interior. Sempre sob a responsabilidade de uma zeladora, uma imagem de Nossa Senhora em uma pequena capela circula visitando casas de um determinado grupo de pessoas, seja num bairro ou até em uma rua. A cada tardinha, a família que recebeu a imagem no dia anterior encaminhar para uma próxima residência que a recebe, também no dia seguinte, leva a imagem adiante. Enquanto está com esta “visita”, a família se reúne em oração em torno da capelinha.
 
A tradição das capelinhas remonta ao ano de 1888. Uma das versões mais aceita conta que a ideia de conduzir capelinhas pela vizinhança teria começado na cidade de Guayaquil, na Colômbia. Recuperando a passagem bíblica que narra a visita de Maria à prima Isabel, o objetivo foi levar um pouco deste sentimento de alegria de Isabel a todas pessoas que recebem a imagem mariana. Na época, levava-se a imagem do Imaculado Coração de Maria.
 
Depois, a depender do país ou região, outras imagens de manifestações marianas começam a circular. Entre os grupos de catequese da Diocese de Montenegro, por exemplo, é comum o grupo de catequizandos levarem uma capelinha com a Sagrada Família. No Brasil, situa-se a chegada desta tradição no ano de 1914, a partir da cidade de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais.

Galeria de imagens