Diocese
Catedral acolhe peregrinação da imagem e relíquias de São Camilo de Lellis
A Ordem Camiliana vive em 2019 um Ano Vocacional, realizando de fevereiro até dezembro uma peregrinação nacional para divulgar o carisma e a missão de São Camilo de Lellis. De 03 a 05 de junho, a Paróquia Catedral de Montenegro, acolheu a imagem peregrina e duas relíquias com mais de 400 anos: um fragmento de osso de São Camilo e ataduras que envolveram seus pés chagados.
Passando por diversas comunidades da Paróquia Catedral, o encerramento da peregrinação será junto à comunidade das Irmãs Ministras dos Enfermos de São Camilo, que administram a casa de repouso Sagrada Família em Montenegro.
O ano vocacional camiliano tem como tema: “Novos em Cristo: um coração solidário para amar e servir”; e como lema: “Enviou-nos para anunciar o Reino de Deus e curar os enfermos” (Lc 9,2). Teve início em 2 de fevereiro, Festa da Apresentação do Senhor, no Santuário Nacional de Aparecida e encerrará no dia 8 de dezembro, Festa da Imaculada Conceição, no Santuário de São Camilo, no Rio de janeiro.
A imagem peregrina é de São Camilo com o doente às costas, faz memória de um grande acontecimento da vida do santo. Retrata o salvamento dos doentes do Hospital Santo Espírito, durante a inundação do Rio Tibre, em 24 de dezembro de 1598. Camilo passou a noite toda salvando os enfermos e carregou muitos deles em seus ombros.
A relíquia contida em uma urna, são faixas que envolveram o pé chagado de São Camilo, e que têm mais de 400 anos.
Camilo seguiu a carreira militar do pai, alistando-se no exército aos 17 anos de idade. Viveu sob condições financeiras precárias e, sem ainda atentar-se à presença de Deus em sua vida, entregou-se aos prazeres e aos vícios do mundo, principalmente à bebida e ao jogo, chegando a perder a própria roupa em uma aposta. Naquele período, Camilo adquiriu também uma dolorosa úlcera no pé, ferida que o acompanhou durante toda sua vida.
Padecendo sob condições adversas, passando fome, frio e sem ter onde morar, Camilo foi acolhido no convento dos Capuchinhos, onde passou a trabalhar. Um dia, levando uma mercadoria do convento para a cidade, Camilo cai do animal que o transportava e, num momento de profundo arrependimento e comoção, se converte a Deus entre prantos, comprometendo-se a mudar de vida e a servir a Deus como religioso capuchinho. Era dia 2 de fevereiro de 1575.
A ferida no pé, entretanto, impediu-o de permanecer naquele convento e de abraçar a vocação capuchinha. Camilo parte, então, para o Hospital São Tiago, em Roma, onde passa a cuidar dos doentes. Naquele local, Camilo compreende a missão que Deus queria para sua vida: servir os enfermos como se fossem o próprio Cristo crucificado. Torna-se sacerdote e organiza uma companhia de homens de boa vontade que querem doar suas vidas no cuidado dos doentes e mais necessitados.
O grupo de Camilo foi crescendo e atraindo homens motivados a cuidar dos enfermos. A Santa Sé autorizou o uso da cruz vermelha como distintivo do grupo e, logo depois, a Congregação foi elevada ao grau de Ordem Religiosa, sendo conhecida como Ordem dos Ministros dos Enfermos. Após uma vida de doação ao serviço dos doentes, Camilo morre em 14 de julho de 1614. Foi canonizado em 1746 e, posteriormente, declarado padroeiro dos doentes, hospitais e profissionais da saúde.
A ‘companhia’ fundada por Camilo, atualmente está presente nos cinco Continentes, testemunhando aquele mesmo Amor incondicional que inspirou Camilo pelos mais necessitados e indefesos.
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